Quem é mais perigoso: o MST ou a Farsul? Parece provocação. E é. O MST andou derrubando laranjeiras em São Paulo.
A Farsul quer derrubar toda a legislação ambiental gaúcha. Os agrochatos pretendem liquidar os ecochatos.
Tramita na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul o PL 154, tramado meio na surdina, que propõe acabar com as Áreas de Proteção Permanente.
Em lugar dos 30 metros mínimos, por exemplo, de preservação às margens dos rios, a Farsul e os seus ruralistas xiitas querem uma proteção de 5 metros. Eta mundo velho sem porteira! Se der, vai ter eucalipto dentro de rio. E não haveria diferença entre áreas intocadas e áreas já utilizadas.
A Farsul, como no caso dos transgênicos, faz da desobediência às leis vigentes o seu melhor argumento, o do fato consumado. A isso a Farsul chama de princípio de realidade.
Ao mesmo tempo em que tenta crimininalizar os movimentos sociais e exigir deles que respeitem as leis mesmo quando as leis não foram respeitadas por quem grilou terras, não faz o mesmo quando é do seu interesse.
Os deputados da base aliada estão empurrando com as enormes barrigas um projeto devastador e ardiloso, em nome, como sempre, da produção, da economia e dos ganhos sedutores e incomensuráveis.
É a velha ganância travestida de razoabilidade e de progresso. Muita gente tem medo do MST. Faz sentido.
Neste caso, eu tenho mais medo da Farsul. Salvo se tudo isso é ignorância minha. Afinal, todo dia um ruralista garante que sou muito ignorante e tolo.
Acredito no IBGE.
Postado por Juremir Machado da Silva - 11/11/2009 11:18
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