quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE FINAL DE ANO

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, aque se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra
vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui pra
diante vai ser diferente"

Carlos Drummond de Andrade


FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO, QUE 2010 SEJA REPLETO DE REALIZAÇÕES, COM MUITA SAÚDE E PAZ.
 
SÃO OS DESEJOS DO PROF. MARCONES FARIAS

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Discurso de Lula na COP-15

Confira na íntegra o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito no dia 15/12/2009, durante sessão plenária de debate informal na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), em Copenhague. O início da fala de Lula foi recuperado pela Agência Estado, pois, por falha técnica, não foi gravado pela Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República.



"Senhor presidente, senhor secretário geral, senhores e senhoras chefes de Estado, senhores e senhoras chefes de governo, amigos e amigas.


Confesso a todos vocês que estou um pouco frustrado. Porque há muito tempo discutimos a questão do clima e cada vez mais constatamos que o problema é mais grave do que nós possamos imaginar. Pensando em contribuir para a discussão nesta conferência, o Brasil teve uma posição muito ousada. Apresentamos as nossas metas até 2020.

Assumimos um compromisso e aprovamos no Congresso Nacional, transformando em lei, que o Brasil, até 2020, reduzirá as emissões de gases de efeito estufa de 36,1% a 38,9%, baseado em algumas coisas que nós consideramos importantes: mudança no sistema da agricultura brasileira; mudança no sistema siderúrgico brasileiro; mudança e aprimoramento da nossa matriz energética, que já é uma das mais limpas do mundo, e assumimos o compromisso de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020.


E fizemos isso construindo uma engenharia econômica que obrigará um país em desenvolvimento, com muitas dificuldades econômicas, a gastar até 2020 US$ 166 bilhões, o equivalente a US$ 16 bilhões por ano. Não é uma tarefa fácil, mas foi necessário tomar essas medidas para mostrar ao mundo que, com meias palavras e com barganhas, a gente não encontraria uma solução nesta Conferência de Copenhague.


Tive o prazer de participar ontem à noite, até às duas e meia da manhã, de uma reunião que, sinceramente, eu não esperava participar, porque era uma reunião onde tinha muitos chefes de Estado, figuras das mais proeminentes do mundo político e, sinceramente, submeter chefes de Estado a determinadas discussões como nós fizemos antes (ontem), há muito tempo eu não assistia.


Eu, ontem, estava na reunião e me lembrava do meu tempo de dirigente sindical, quando estávamos negociando com os empresários. E por que é que tivemos essas dificuldades? Porque nós não cuidamos antes de trabalhar com a responsabilidade com que era necessário trabalhar. A questão não é apenas dinheiro. Algumas pessoas pensam que apenas o dinheiro resolve o problema. Não resolveu no passado, não resolverá no presente e, muito menos, vai resolver no futuro. O dinheiro é importante e os países pobres precisam de dinheiro para manter o seu desenvolvimento, para preservar o meio ambiente, para cuidar das suas florestas. É verdade.


Mas é importante que nós, os países em desenvolvimento e os países ricos, quando pensarmos no dinheiro, não pensemos que estamos fazendo um favor, não pensemos que estamos dando uma esmola, porque o dinheiro que vai ser colocado na mesa é o pagamento pela emissão de gases de efeito estufa feita durante dois séculos por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro.


Não é uma barganha de quem tem dinheiro ou quem não tem dinheiro. É um compromisso mais sério, é um compromisso para saber se é verdadeiro ou não o que os cientistas estão dizendo, que o aquecimento global é irreversível. E, portanto, quem tem mais recursos e mais possibilidades precisa garantir a contribuição para proteger os mais necessitados.


Todo mundo se colocou de acordo que precisamos garantir os 2% de aquecimento global até 2050. Até aí, todos estamos de acordo. Todo mundo está consciente de que só é possível construirmos esse acordo se os países assumirem, com muita responsabilidade, as suas metas. E mesmo as metas, que deveriam ser uma coisa mais simples, tem muita gente querendo barganhar as metas. Todos nós poderíamos oferecer um pouco mais se tivéssemos assumido boa vontade nos últimos períodos.


Todos nós sabemos que é preciso, para manter o compromisso das metas e para manter o compromisso do financiamento, a gente, em qualquer documento que for aprovado aqui, a gente tem que manter os princípios adotados no Protocolo de Kyoto e os princípios adotados na Convenção-Quadro. Porque é verdade que nós temos responsabilidades comuns, mas é verdade que elas são diferenciadas.


Eu não me esqueço nunca que quando tomei posse, em 2003, o meu compromisso era tentar garantir que cada brasileiro ou brasileira pudesse tomar café de manhã, almoçar e jantar. Para o mundo desenvolvido, isso era coisa do passado. Para a África, para a América Latina e para muitos países asiáticos, ainda é coisa do futuro. E isso está ligado à discussão que estamos fazendo aqui, porque não é discutir apenas a questão do clima.


É discutir desenvolvimento e oportunidades para todos os países. Eu tive conversas com líderes importantes e cheguei à conclusão de que era possível construir uma base política que pudesse explicar ao mundo que nós, presidentes, primeiros-ministros e especialistas, somos muito responsáveis e que iríamos encontrar uma solução. Ainda acredito, porque eu sou excessivamente otimista. Mas é preciso que a gente faça um jogo, não pensando em ganhar ou perder. É verdade que os países que derem dinheiro têm o direito de exigir a transparência, têm direito até de exigir o cumprimento da política que foi financiada. Mas é verdade que nós precisamos tomar muito cuidado com essa intrusão nos países em desenvolvimento e nos países mais pobres. A experiência que nós temos, seja do Fundo Monetário Internacional ou seja do Banco Mundial nos nossos países, não é recomendável que continue a acontecer no século XXI.


O que nós precisamos... e vou dizer, de público, uma coisa que eu não disse ainda no meu país, não disse à minha bancada e não disse ao meu Congresso: se for necessário fazer um sacrifício a mais, o Brasil está disposto a colocar dinheiro também para ajudar os outros países. Estamos dispostos a participar do financiamento se nós nos colocarmos de acordo numa proposta final, aqui neste encontro.


Agora, o que nós não estamos de acordo é que as figuras mais importantes do planeta Terra assinem qualquer documento, para dizer que nós assinamos documento. Eu adoraria sair daqui com o documento mais perfeito do mundo assinado. Mas se não tivemos condições de fazer até agora - eu não sei, meu querido companheiro Rasmussen, meu companheiro Ban Ki-moon - se a gente não conseguiu fazer até agora esse documento, eu não sei se algum anjo ou algum sábio descerá neste plenário e irá colocar na nossa cabeça a inteligência que nos faltou até a hora de agora.

Não sei.


Eu acredito, como eu acredito em Deus, eu acredito em milagre, ele pode acontecer, e quero fazer parte dele. Mas, para que esse milagre aconteça, nós precisamos levar em conta que teve dois grupos trabalhando os documentos aqui, que nós não podemos esquecer. Portanto, o documento é muito importante, dos grupos aqui.


Segundo, que a gente possa fazer um documento político para servir de base de guarda-chuva, também é possível fazer, se a gente entender três coisas: primeiro, Kyoto, Convenção-Quadro, MRV, não podem adentrar a soberania dos países - cada país tem que ter a competência de se autofiscalizar - e, ao mesmo tempo, que o dinheiro seja colocado para os países efetivamente mais pobres.


O Brasil não veio barganhar. As nossas metas não precisam de dinheiro externo. Nós iremos fazer com os nossos recursos, mas estamos dispostos a dar um passo a mais se a gente conseguir resolver o problema que vai atender, primeiro, a manutenção do desenvolvimento dos países em desenvolvimento. Nós passamos um século sem crescer, enquanto outros cresciam muito. Agora que nós começamos a crescer, não é justo que voltemos a fazer sacrifício.


No Brasil ainda tem muitos pobres. No Brasil tem muitos pobres, na África tem muitos pobres, na Índia e na China tem muitos pobres. E nós também compreendemos o papel dos países mais ricos. Eles, também, não podem ser aqueles que vão nos salvar. O que nós queremos é apenas, conjuntamente, ricos e pobres, estabelecer um ponto comum que nos permita sair daqui, orgulhosamente, dizendo aos quatro cantos do mundo que nós estamos preocupados em preservar o futuro do planeta Terra sem o sacrifício da sua principal espécie, que são homens, mulheres e crianças que vivem neste mundo.


Muito obrigado."




Fonte: http://www.estadao.com.br



Aquecimento Global - Perguntas & Respostas



O alerta dos cientistas sobre o aquecimento global e suas conseqüências, que há poucos anos mobilizava apenas órgãos técnicos de governos e ambientalistas, hoje se tornou um tema onipresente. O combate ao aumento do efeito estufa está na retórica dos políticos e nos planos de negócios dos empresários. Virou ferramenta de marketing na publicidade e de autopromoção entre celebridades. Em todo o mundo, a possibilidade de ocorrerem catástrofes cada vez mais devastadoras por causa da elevação da temperatura no planeta é tema obrigatório nas rodas de conversa. Entenda por que o planeta esquenta, e o que a elevação da temperatura pode fazer com ele.

1.O que é o efeito estufa?


O efeito estufa é o fenômeno natural pelo qual a energia emitida pelo Sol - em forma de luz e radiação - é acumulada na superfície e na atmosfera terrestres, aumentando a temperatura do planeta. De suma importância para a existência de diversas espécies biológicas, o efeito estufa acontece principalmente pela ação de dióxido de carbono (CO2), CFCs, metano, óxido nitroso e vapor de água, que formam uma barreira contra a dissipação da energia solar. A maioria dos cientistas climáticos crê que um aumento na quantidade desses gases provoca uma elevação da temperatura da Terra.

2. A emissão desses gases está aumentando?

Com o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis cada vez mais intensos, a concentração desses gases está aumentando, especialmente as de CO2 e metano. Desde 1800, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresceu 30%, enquanto a de metano aumentou 130%. Analisando camadas de gelo da Antártica, cientistas europeus descobriram que o ritmo de aumento na concentração de CO2 é impressionante: nos últimos 150 anos, o gás propagou-se pela atmosfera do planeta cerca de 200 vezes mais rápido que nos últimos 650.000 anos.


3. Quais são os maiores emissores de gases do efeito estufa?

Os maiores emissores de gases responsáveis pelo efeito estufa são Estados Unidos, União Européia, China, Rússia, Japão e Índia. Entre essas nações, os Estados Unidos - responsáveis por cerca de 36% do total mundial - lideram as emissões tanto em termos absolutos como per capita. Entre 1990 e 2002, os EUA aumentaram em 15% o nível de emissão de gases, chegando a 6 bilhões de toneladas ao ano. Para efeito de comparação, todos os países membros da UE emitiram, juntos, cerca de 3,4 bilhões em 2002. A China, terceira colocada no ranking, emitiu 3,1 bilhões de toneladas.

4. Quais são as evidências do aquecimento do planeta?

Há diversas evidências de que a temperatura global aumentou. Os termômetros subiram 0,6°C entre meados do século XIX e o início do século XXI - desses, 0,5°C apenas nos últimos 50 anos. Outra evidência é a elevação de 10 cm a 20 cm no nível dos oceanos nesse período. Além disso, as regiões glaciais do planeta estão diminuindo: em algumas zonas do Ártico, por exemplo, a cobertura de gelo encolheu até 40% em décadas recentes. Cientistas também consideram prova do aquecimento global a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a troposfera - zona atmosférica mais próxima do solo.

5. Quanto a temperatura pode subir?

Os atuais modelos científicos prevêem que, se nada for feito, a temperatura global pode aumentar entre 1,4°C e 5,8°C até 2100. Cientistas menos otimistas acreditam que a temperatura de certas áreas do globo pode subir até 8°C no período, e que, mesmo com um corte radical na emissão de gases, os efeitos do aquecimento continuarão. Isso porque são necessárias décadas para que as moléculas dos gases que já estão na atmosfera sejam desfeitas e parem de acumular energia solar em excesso.

06. Os atuais modelos de previsão de clima são confiáveis?

Os debates em torno da eficácia e precisão dos atuais modelos de previsão climática são acalorados. Uma minoria científica crê que os sistemas computadorizados são demasiadamente simplificados, incapazes de simular as complexidades do clima real. Porém, a maior parte comunidade científica mundial defende que as atuais análises feitas em computador, apesar de precisarem ser aperfeiçoadas, já são confiáveis para simulações de futuro próximo - intervalos de 25 ou 30 anos.

7. Quais serão os principais efeitos do aquecimento?

Os cientistas climáticos são unânimes em afirmar que o impacto do aquecimento será enorme. A maioria prevê falta de água potável, mudanças drásticas nas condições de produção de alimentos e aumento no número de mortes causadas por inundações, secas, tempestades, ondas de calor e fenômenos naturais como tufões e furacões. Além disso, pesquisadores europeus e americanos estimam que, caso as calotas polares derretam, haverá uma elevação de cerca de 7 metros no nível dos oceanos. Outro impacto provável é a extinção de diversas espécies animais e vegetais.

8. Quais países serão mais afetados?

Apesar de os grandes responsáveis pelo aquecimento global serem as nações desenvolvidas da América do Norte e Europa Ocidental, os chamados países em desenvolvimento serão os que mais sentirão efeitos negativos. Isso acontecerá porque essas nações possuem menos recursos financeiros, tecnológicos e científicos para lidar com os problemas de inundações, secas e, principalmente, com os surtos de doenças decorrentes. A malária, por exemplo, deve passar a matar cerca de 1 milhão de pessoas ao ano com o aquecimento do planeta.


9. Quais espécies animais serão mais afetadas?

Segundo as estimativas da Convenção das Nações Unidas para Mudanças do Clima (UNFCCC), a maioria das espécies atualmente ameaçadas de extinção pode deixar de existir nas próximas décadas. As projeções indicam que 25% das espécies de mamíferos e 12% dos tipos de aves seriam totalmente banidos do planeta com o aumento da temperatura, que provocaria mudanças drásticas principalmente nos frágeis ecossistemas florestais e pantanosos.


10. Como impedir um aquecimento global exagerado?

Cientistas e engenheiros defendem que a solução para o aquecimento global exagerado está no desenvolvimento de tecnologias energéticas que emitam menos dióxido de carbono. Entre as mais pesquisadas atualmente estão a fissão nuclear, células combustíveis de hidrogênio, desenvolvimento de motores elétricos e também o aprimoramento de motores à combustão pela diminuição do consumo e pela diversificação de substâncias combustíveis. No Brasil, ganha destaque o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais, como o etanol, o biodiesel e também o Hbio.

11. Qual a importância do Protocolo de Kioto para conter o aquecimento?

O protocolo de Kioto - que entrou em vigor em fevereiro de 2005 e conta com a participação de 163 nações - prevê que até 2012 seus signatários reduzam as emissões combinadas a níveis 5% abaixo dos índices de 1990. A eficácia do acordo, contudo, é limitada, pois até o momento os Estados Unidos, maior emissor mundial de dióxido de carbono, não ratificaram o pacto. Especialistas acreditam que as resoluções de Kioto apenas combatem a camada mais superficial do problema do aquecimento global.

Fonte:http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/aquecimento_global/index.shtml#3


Sem clima para acordo


O resultado da reunião entre as principais potências do mundo, em Copenhague, mostrou o quanto é difícil encontrar acordo entre os países do mundo no que tange à redução da emissão de gases poluidores que contribuem para o aquecimento do clima no planeta. O tema é deveras áspero, pois, em relação ao meio ambiente, cada país tem suas próprias razões, procurando aliar preservação ambiental e desenvolvimento econômico do seu jeito específico.


É certo que, hoje, todas as nações, até por conta da pressão das suas populações, têm sido obrigadas a colocar, na sua agenda, a questão da emissão de gases poluentes, causa de muitas mudanças em relação ao clima. Contudo, a preocupação desenvolvimentista não tem sido aliada de políticas públicas capazes de propiciar programas e projetos eficazes de preservação.


O que se pode depreender do encontro de Copenhague é que os dirigentes das principais nações do mundo, não obstante um discurso que trata a preservação ambiental como algo importante, ainda não conseguiram dar um recado para o mundo, com medidas efetivas, de que estão comprometidos com a preservação do ecossistema. Sua relevância vai além das fronteiras nacionais, pois todos os povos têm interesse em manter um patrimônio ambiental comum.


Já se disse que não moramos nos países, mas habitamos o planeta. Aliás, há um entendimento que várias entidades que lidam com questão ambiental querem passar para a população: descartar o lixo doméstico não é se livrar dele, pois esse material continua, de alguma forma, assombrando os lugares onde vivemos, uma vez que permanece gerando seus efeitos entre nós. Em maior ou menor grau, essa consciência ambiental tem se disseminado, gerando efeitos positivos e cobranças sobre os governantes das principais nações do globo. A reação ao efeito estufa é um exemplo disso.


O presidente Lula cobrou das grandes potências um envolvimento efetivo com a resolução dos impasses climáticos. Contudo, parece que não foi bem-sucedido. No final, editou-se apenas uma carta de boas intenções. Oxalá esse documento possa ser acompanhado de ações futuras, mostrando que se quer ultrapassar a boa vontade, com atos concretos em defesa do meio ambiente.


Fonte: Jornal Correio do Povo /Opinião – 21/12/2009
Editor: Telmo Flor

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O que você está disposto a mudar?




Para modificar hábitos, é preciso abrir mão de confortos que prejudicam o ambiente, e negociar a distribuição dos sacrifícios

por Fernando Pachi

 
Você está disposto a abrir mão do seu conforto e de alguns de seus hábitos para salvar a vida e a própria Terra? Feita assim, esta pergunta parece exagerada e com resposta óbvia. “Claro que sim. Faremos o possível. Afinal, não podemos imaginar a vida fora deste mundo” seria o coro ouvido por quem se atrevesse a perguntar a uma multidão. De tão óbvia, a resposta chega a ser falsa e apressada. A verdade é que muitos ainda se perguntam se podem mesmo fazer algo para salvar o planeta, atribuindo os problemas ambientais à sociedade, aos governos ou a qualquer instância supostamente exterior a nós mesmos. Basta lembrar algumas iniciativas que compreenderemos a dificuldade de convencer a todos de participar de algum modo da operação de salvamento da Terra.


Há pouco mais de dez anos começou o rodízio de carros na cidade de São Paulo para manutenção da qualidade do ar e para conter emissões de gases que provocam o efeito estufa. No entanto, muita gente reclamou da arbitrariedade da medida e da falta de transporte coletivo adequado, duvidou da eficácia da iniciativa e até foi parar na Justiça contra o rodízio, alegando perdas econômicas, dificuldades para trabalhar etc. Passados dez anos, o rodízio foi assimilado pelo paulistano e muitos vêem benefícios na diminuição do trânsito.


Há seis anos, nos habituamos a economizar energia. O apagão elétrico demonstrou a necessidade do uso mais racional da energia elétrica. As metas de consumo, com punição monetária a quem as descumprisse, serviram para reeducar o cidadão. Porém, foi necessário adotar uma punição, que pegou o consumidor pelo bolso. O problema é como tornar essas práticas generalizadas numa sociedade como a brasileira, ao mesmo tempo carente e dispendiosa de seus recursos naturais. É uma dificuldade que ultrapassa as muitas iniciativas individuais e tem a ver com a história do Brasil e do mundo.

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em fins do século XVIII, expandiu-se pela Europa, Estados Unidos e também por antigas colônias, como o Brasil, que passaram a ver no industrialismo a superação de problemas econômicos e o alívio de suas tensões sociais, com mais empregos e melhores condições de vida. O mundo tornou-se um grande mercado para a circulação de produtos. Produzir em larga escala para uma população cada vez mais numerosa exigia mais energia, maior extração de recursos naturais e, conseqüentemente, geração de mais lixo.


Fonte:http://www.uol.com.br

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A importância das cotas


Eu sempre fui a favor das cotas. Mantenho a minha posição.

É uma política necessária e corretiva. Literalmente. Em certas situações de desigualdade flagrante, só as cotas podem resolver. Sou um estudioso do assunto. Posso garantir. Sei do que estou falando. São inúmeros os contextos em que as cotas podem gerar benefícios sociais incontestáveis.

 Um deles é o futebol. Devia haver cotas para erros de arbitragem. Um juiz não poderia errar sempre, nos momentos decisivos, a favor de Flamengo e Corinthians. Desculpem a brincadeira. Não resisti.

Voltemos aos aspectos sérios do assunto. As cotas representam um mal necessário pelo bem geral. Em alguns casos, significam um bem individual legítimo mesmo quando praticado num regime comunista, ou quase isso.


É o que me prova uma notícia publicada pelo portal UOL Notícias. O que seria de mim sem esse tipo de site?

Estaria perdido. Ficaria sem instrução. Não vivo sem a minha razão diária de acontecimentos inusitados. Eis a informação que me entusiasmou, embora sem qualquer interesse pessoal ou direto: "Uma chinesa da província de Chongqing assinou um acordo com o marido que permite que ela o agrida fisicamente no máximo uma vez por semana. O acordo - assinado perante familiares e testemunhas - foi proposto pelo marido, um homem de 32 anos, identificado apenas pelo sobrenome Zhang, porque, segundo ele, era frequentemente agredido pela mulher, Chen, quando discutiam". Não é fantástico? É a política de cotas do comunismo chinês. Uma surra por semana. Nem uma porrada a mais. No Brasil, tem marido que recusaria o acordo.


Apanhar todo dia também pode ser um direito inalienável. A notícia vai além: "Chen pratica kung fu desde a infância e disse ao jornal Chongqing Evening News que ''não consegue conter suas mãos durante uma briga''". Faz sentido: tem marido que, numa briga, não consegue conter os pés, sai correndo. Outros, claro, começam a chutar. Eu sempre digo aos meus amigos: não casem com lutadoras de kung fu nem com comedoras de tomates secos nem com ex de jogadores de futebol. Chen "admitiu ainda que se arrepende cada vez que vê o marido com o olho roxo". Como se vê, é uma moça de boa índole e mãos ligeiras. Eles se casaram há seis meses e querem continuar juntos. Pelo jeito, Zhang desconhece o ensinamento de um sábio brasileiro frequentador do Bar do Beto e leitor de Confúcio: "O casamento é uma coisa que começa ruim e só vai piorando com o tempo". É pau puro.


Tem mais: "Pelos termos do acordo, ela terá de passar três dias na casa dos pais se passar da cota semanal de agressões". Segundo Zhang, "ela é muito obediente em relação aos pais", que sempre lhe dão apoio e a culpam pelos barracos. Na falta de solução melhor, o juiz, adepto da conciliação e da preservação da família a qualquer custo, poderá propor que Zhang vá morar com a sogra. Assim, ele terá a vida que pediu a Deus e a Mao: morar com a sogrinha e apanhar da mulher somente uma vez por semana. É o paraíso comunista. Eu fugiria para os EUA.

JUREMIR MACHADO DA SILVA

Aquecimento global

Esquentou o tempo em Copenhague.


A temperatura subiu bruscamente.


Até os nórdicos começaram a derreter.


Mas nada a ver com intervenção humana.


O efeito foi provocado pelas hienas.


Como todos sabem, hienas são quadrúpedes. Mais especificamente, quadrúpedes que riem.


Das suas vítimas.


Uma coisa é certa: as hienas não riem de nervosas.


As hienas são frias.


Geladas.


Embora não sejam animais de sangue frio.


Segundo a wikipédia, as hienas “vivem em clãs de até quarenta animais”. Esses clãs passaram modernamente a ser designados como G4, G8, G20, G40, G87, etc.


As hienas industrializadas são grandes poluidoras.


As hienas e bois.


Nossos bois soltam metano.


O escapamento de um boi consegue ser mais poluente do que o escapamento de muitos veículos.


O boi não está em questão agora.


O problema são as hienas.


Em Copenhague, o G3 ou G4 propôs, naquele que está sendo chamado de “documento dinamarquês”, que os maiores poluidores mundiais sejam obrigados a ter metas menores na redução da emissão de gases poluentes.


É assim: quem polui mais, os ricos, poderá continuar poluindo mais. Quem polui menos, será obrigado a poluir menos ainda. Afinal, é do futuro do planeta que se trata.


Faz sentido.


É uma estratégia pedagógica.


Não se deve ensinar maus hábitos.


Ou direito adquirido.


Resumo de uma conversa entre duas hienas:


– Andam falando em aquecimento global.


– São casos particulares.


– Dizem que as temperaturas estão subindo.


– Não notei. Desde que eu cheguei aqui, a temperatura só baixou. Acho até que vou pedir um uísque para me aquecer.


– Querem que os ricos poluam menos.


– Coisa de ressentidos. Devem estar sob influência do Chávez, do Evo e do Lula, aqueles chacais. Eles são meio esquentados. Estão sempre botando lenha na fogueira.


– É o que eu sempre digo lá em casa: o homem não tem nada ver com o clima. Se estão sentindo tanto calor, como vivem dizendo, por que não ligam o ar condicionado?


– Dizem que somos negacionistas, como nazistas negando o holocausto, e que agimos por interesse econômico.


– Pura maldade. Só queremos o bem da humanidade.


– É o bem da humanidade é o progresso.


– Isso mesmo: sacolas plásticas para todo mundo e escadas rolante por toda parte. Eu sonho com esteiras rolantes sobre as areias das praias do mundo inteiro.


– Que beleza!


– Seria muito prático.


– E muito limpo.


– E daria para fazer esteira na praia.


– E vender mais tênis anti-impacto.

Postado por Juremir Machado da Silva

Copenhague - Documento vazado provoca caos em negociações

Um documento vazado na última terça-feira, 8, criou caos nas negociações sobre aquecimento global que acontecem desde o início da semana em Copenhague. Conhecido como “texto dinamarquês”, o documento seria um acordo criado por países ricos para tirar a Organização das Nações Unidas (ONU) da negociação e colocar limites sobre as emissões dos países em desenvolvimento.


Supostamente criado pela Dinamarca, Estados Unidos e Reino Unido, o texto dinamarquês não se aproxima da meta de 40% de redução inicialmente proposta pela ONU, mas prevê medidas para ajudar os países pobres com US$ 10 bilhões ao ano de 2012 a 2015.


O texto muda o princípio do Tratado de Kyoto, que responsabilizava países desenvolvidos pelo aquecimento e isentava as nações em desenvolvimento de limites nas emissões de CO2. De acordo com o documento, o Tratado de Kyoto seria abandonado, o Banco Mundial cuidaria das verbas para mudança de clima e países pobres teriam que realizar diversas ações para receber dinheiro para lidar com a mudança climática.


Segundo um diplomata, o documento “é muito perigoso para países em desenvolvimento”. Eles teriam que limitar, até 2050, suas emissões para 1,44 toneladas de CO2 por pessoa, enquanto os países desenvolvidos teriam direito a 2,67 toneladas. A intenção, segundo o diplomata, seria com a chegada de Obama e outros chefes de estado na próxima semana forçar a aceitação do texto dinamarquês sem discussões.

Em nossa opinião…


Essa demonstração de duplicidade, felizmente desmascarada, indica que dificilmente se chegará a um acordo produtivo em Copenhague. Esperemos que nossos diplomatas tenham a hombridade de protestar veementemente contra essa negociação secreta.


Fonte: http://www.opiniaoenoticia.com.br/

COPENHAGUE - Perspectivas não são boas

A cidade de Copenhague reúne nesta semana representantes de 192 nações da Organização das Nações Unidas para tentar resolver o problema climático, mas a maior parte das emissões de CO2 são feitas por apenas 17 países. O ex-presidente George W. Bush havia reunido estas 17 nações em uma única organização, e foi criticado por isto, mas é um fato que envolver 192 países em um debate o torna ineficiente.

As negociações atuais também são contraproducentes porque dividem os países em dois grupos: desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países desenvolvidos seriam os responsáveis pelas emissões. O mundo, no entanto, não é tão simples. A China, o México e a Coreia do Sul são teoricamente países em desenvolvimento, mas também grandes emissores de CO2.


Copenhague provavelmente não vai produzir um acordo detalhado e abrangente. No entanto, algo de positivo pode surgir: um acordo político.


Em nossa opinião…

Mesmo se ainda existem cientistas que são céticos quanto ao mundo estar esquentando, e isso ser causado pelo homem, não há dúvida de que a poluição do ar causada por veículos movidos a derivados de petróleo é danosa para a saúde. Além disso, a dependência do mundo em relação ao petróleo é muito perigosa. Essas são duas razões suficientes para se lutar pela substituição dos combustíveis fósseis como fontes de energia. No caso brasileiro a situação é especial: somos grandes emissores por causa das queimadas na Amazônia, e é claro que é importante parar a destruição da floresta

Fonte:www.opiniaoenoticia.com.br

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL EM DISCUSSÃO

Por Marcones M.Farias


Copenhague, capital da Dinamarca, a bela cidade das bicicletas e da Pequena Sereia, a partir dessa segunda-feira, dia 7 de dezembro de 2009, e por 12 dias será a capital das questões ambientais planetárias, é a 15ª Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas, o evento é organizado pela ONU – Organização das Nações Unidas, vai contar com representação de 192 países, e mais de cem presidentes e primeiros – ministros que confirmaram, suas presenças e estarão por lá em em algum momento dessas duas semanas.

COP 15 como é chamado a conferência conta com a participação de 192 delegados que representarão seus respectivos países e pretendem definir a resposta mundial ou aquecimento global que ameaça assustadoramente o nosso planeta, sabemos sim que a responsabilidade ambiental é de todos nós, cidadãos e cidadãs, mas o nesse caso uma representação política, pois os interesses econômicos mundiais “podem falarem mais alto”.Vejam abaixo alguns dados, extraídos do Jornal Zero Hora dominical do dia 06/12/2009, que confirmam o que escrevi, sabendo quais são os países são os maiores emissores de CO2 na atmosfera.

1º CHINA –

2º ESTADOS UNIDOS –

3º UNIÃO EUROPEIA (UE) –

4º ÍNDIA –

A CHINA E A ÍNDIA - primeiro e quarto colocado no ranking da poluição , respectivamente lideram o grupo dos 130 países em desenvolvimento que resistem em adotar metas de cumprimento obrigatório. Acreditam que o mundo desenvolvido deve assumir a responsabilidade histórica pela situação do planeta, deixando as outras nações continuarem a se desenvolver. A prioridade seria o combate à fome e à pobreza.

ESTADOS UNIDOS - Segundo colocado na emissão de CO2 na atmosfera, sem ele um acordo efetivo é impossível. Após oito anos de governo George W. Busch, que não aceitava qualquer comprometimento com metas de redução de redução de emissões, as chances nunca foram tão grandes de os EUA assinarem um acordo do tipo. O Presidente Barack Obama declarou – se comprometido com a luta contra as mudanças climáticas e promete agir com vigor.

UNIÃO EUROPEIA (UE) - Os 27 países da EU votam em bloco. Juntos eles ficam em terceiro lugar no ranking dos maiores poluidores – por isso, é tão importante que se engajem. O fato de os países da UE, em grande parte, serem desenvolvidos também fará do bloco um dos principais protagonistas da COP15. Suas nações – especialmente França, Grã – Bretanha e Alemanha, mais comprometidos com a luta conta o aquecimento – poderão puxar os EUA para um acordo.

BRASIL – Também tem papel significativo no grupo dos países em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. Um outro trunfo, porém, coloca o Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva entre as principais vozes da conferência. A AMAZÔNIA. O desmatamento é uma das maiores fontes de emissões de CO2. Entre os principais assuntos da COP15, estará o REDD (sigla em inglês para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação).


SE O DESMATAMENTO FOR LEVADO EM CONTA, O BRASIL É O QUINTO MAIOR EMISSOR DE CO2 DO MUNDO.

EMISSÕES NO BRASIL:

DESMATAMENTO – 51,9%;

AGROPECUÁRIA – 25 %%;

SETOR DE ENERGIA – 20%;

INDÚSTRIA – 1,7%;

TRATAMENTO DE ESGOTO – 1,4%.

Levando em consideração apenas as emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis, conforme a AIE – Agência Internacional de Energia, são apresentados os seguintes números:

PAÍSES DESENVOLVIDOS – 44,9%;

CHINA – 21%;

ÁSIA – 10%;

EX – UNIÃO SOVIÉTICA – 8,3%;

ORIENTE MÉDIO – 4,8%;

AMÉRICA LATINA – 3,5%;

AVIAÇÃO E INDÚSTRIA NAVAL – 3,5%;

ÁFRICA – 3,1%;

PAÍSES EUROPEUS FORA DA OCDE ( SÃO OS 30 PAÍSES DA ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, QUE PRODUZEM MAIS DA METADE DE TODA A RIQUEZA DO MUNDO) – 0,9%.



OS VILÕES – AS PRINCIPAIS FONTES DE EMISSÕES DE CO2 NO MUNDO, EM NÚMEROS APROXIMADOS, SEGUNDO A AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA (AIE):

80% - QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS, PETRÓLEO E DERIVADOS, COMO A GASOLINA, DIESEL E ÓLEO COMBUSTÍVEL, ALÉM DE CARVÃO E GÁS NATURAL, USADOS PARA PRODUZIR ENERGIA ELÉTRICA, NO TRANSPORTE E NO PROCESSO INDUSTRIAL;

20% - DESMATAMENTO – A VEGETAÇÃO ARMAZENA CARBONO - ESTOCADOS EM SEUS TECIDOS DEVIDO A FOTOSSINTESE, QUANDO O CO2 E ABSORVIDO PELAS PLANTAS. SÓ AS FLORESTAS TROPICAIS ARMAZENAM 20 % DE TODO O CO2 EMITIDO ANUALMENTE. QUANDO AS ÁRVORES SÃO CORTADAS, ESSE CARBONO VOLTA PARA A ATMOSFERA.






----------------------------OS CÉTICOS----------------------------------------
Mas nem todos os cientistas acreditam no aquecimento global – são os chamados céticos.

Mesmo entre eles, porém, há opiniões divididas.

Há basicamente três tipos de CÉTICOS:

1 – RADICAL – NÃO ACREDITA QUE O MUNDO ESTEJA ESQUENTANDO. ALGUNS AFIRMAM ATÉ QUE A TERRA ESTÁ PRESTES A ENFRENTAR UMA NOVA ERA GLACIAL;

2 – DESCRENTE – ACEITA QUE A TEMPERATURA GLOBAL ESTÁ SUBINDO, MAS NÃO QUE O HOMEM SEJA O CULPADO.

SEGUNDO ELE, AS EMISSÕES DE CO2 NÃO ESTÃO RELACIONADAS COM O AQUECIMENTO DA TERRA.

3 – MODERADO – ACREDITA QUE O AQUECIMENTO GLOBAL EXISTE E QUE SEJA CAUSADO PELO HOMEM, MAS NÃO CONCORDA COM O ALARMISMO DA MÍDIA E DE ALGUNS CIENTISTAS AO FALAR SOBRE O PROBLEMA, QUE NÃO SERIA TÃO GRAVE ASSIM.


PESQUISAS DO IPCC INDICAM QUE, DENTRO DE UM ÍNDICE DE CONFIABILIDADE DE 95%, O CLIMA DE NOSSO PLANETA ESTÁ EFETIVAMENTE SENDO ALTERADO:

1 – TEMPERATURA – O AUMENTO MÉDIO DA TEMPERATURA GLOBAL É DE 0,76 GRAUS CELSIUS EM RELAÇÃO A 1850, O QUE SIGNIFICA QUE ALGUMAS REGIÕES SOFRERAM ELEVAÇÕES MUITO MAIORES. REGIÕES DO ÁRTICO TIVERAM AQUECIMENTO DA ORDEM DE 2 GRAUS CELSIUS. AO LONGO DOS ÚLTIMOS 14 ANOS, FORAM OBSERVADOS OS 12 ANOS MAIS QUENTES EM UMA LONGA SÉRIE DE 650 MILÊNIOS.

2 – NÍVEL DO MAR – O AUMENTO DA TEMPERATURA LEVOU A UMA ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR, ALÉM DE DERRETIMENTO DE GELEIRAS E DA ÁGUA CONGELADA DA ANTÁRTIDA, DO ÁRTICO E DA GROENLÂNDIA. A COBERTURA DE NEVE NO HEMISFÉRIO NORTE SOFREU UMA REDUÇÃO SIGNIFICATIVA.

3 – CHUVAS E SECAS – OS CIENTISTAS IDENTIFICARAM AUMENTOS ESTATISTICAMENTE CONFIÁVEIS NA QUANTIDADE DE VAPOR DE ÁGUA NA ATMOSFERA, NA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL EM REGIÕES TEMPERADAS, NA INTENSIDADE DE FURACÕES E NA FREQÜENCIA E INTENSIDADE DE PERÍODOS DE SECA E DE ONDAS DE CALOR.

O conteúdo acima foi extraído do Jornal Zero Hora do dia 06/12/2009.

Chacal


O chacal é um mamífero canídeo. Existem no total três espécies para o termo popular chacal, o "canis mesomelas", "canis adustus" e "canis aureus". É um animal de hábitos noturnos. Chacais são monógamos e vivem em casais, sempre defendendo o seu território contra outros casais de chacais.


O chacal é encontrado na Ásia, África e Europa. É um predador que se alimenta principalmente de répteis, pequenos mamíferos e aves. São excelentes corredores, podendo se locomover a grandes velocidades ( acima de 15 km/h) por um longo período de tempo sem a necessidade de descansar.


Fonte:http://pesquisa-total.com/animais/chacal.htm

Fauna Australiana



Por Thais Pacievitch

O coala (Phascolarctos Cinereus) é um mamífero marsupial da família Phascolarctidae. Ele é chamado de marsupial por carregar seus filhotes em uma bolsa ventral. Eles têm cabeça grande, focinho curto, nariz achatado e em forma de V, sendo que sua pelagem é lisa e sedosa.


É um animal herbívoro que se alimenta principalmente de folhas de eucaliptos. Existem centenas de espécies de eucalipto, porém o coala se alimenta somente de 20 dessas espécies.


O coala, como a maioria dos marsupiais, vive na Austrália. Eles vivem principalmente no litoral leste e no sul da Oceania.


Eles vivem em cima dos eucalipitos onde podem se alimentar fartamente. Um coala come meia quilo de folhas de eucalipto por dia, o que é muito para um animal tão pequeno e que descansa 14 horas por dia. As folhas de eucalipto são essênciais na dieta do coala, sendo que sua falta os leva a morte.


O período de reprodução dura cerca de 4 meses e, nessa época, o macho capacitado explora seu território em busca de fêmeas no cio. Quando encontra, o coala agrada a fêmea e ela o repele, a princípio, com violência.


Após a conquista da fêmea, ocorre o acasalamento, que dura poucos segundos e ocorre em posição vertical, nos galhos de eucalipito. Só há uma reprodução ao ano e a gestaçao dura 35 dias.
O filhote nasce pouco desenvolvido, com os ouvidos fechados, e com a boca, as narinas e as patas posteriores quase imperceptíveis.


O seu corpo é nú e com coloraçao rosa-claro, sendo possível ver os vasos sanguineos. Ao nascer pesa cerca de 0,5 g e tem menos de 20 mm. O filhote fica na bolsa ventral da fêmea até crescer o bastante para poder andar. Somente após meses a cria começa a sair da bolsa, ainda sem se afastar da mãe. Com 6 meses de idade ele já têm pêlos pelo corpo, alcançando o peso de 400g e 20cm de comprimento.


Mais dois meses e o filhote já passa boa parte de seu tempo fora da bolsa ventral, só enfiando a cabeça na mesma para mamar. O desmame completo se dá por volta de 1 ano.


Dentre os poucos predadores desse marsupial está o cão selvagem, que geralmente só ataca os coalas que não podem mais se defender (velhos e doentes). Por tradição, os aborígines australianos (povo nativo da região) caçam os coalas para o consumo. Devido aos hábitos sedentários e a consequente lentidão, o coala prefere se esconder à fugir em caso de perigo.


Os coalas já estiveram várias vezes na lista de animais que correm risco de extinção, fato causado não só pela caça, mas também pelos incêndios espontâneos, que ocorrem como consequência de constantes secas.


Atualmente, os coalas são protegidos por lei, sendo que existem áreas consideradas santuários, onde essa espécie pode viver longe das ameaças.
Os coalas podem viver até os 25 anos.

Fonte:http://www.infoescola.com/mamiferos/coala/

domingo, 6 de dezembro de 2009

Os meio honestos


Por MARTHA MEDEIROS

Tenho lido as mais diversas opiniões a respeito de como deve jogar o Grêmio no próximo domingo contra o Flamengo: há os defensores de o time entregar o jogo para não permitir que o Inter seja campeão, e há os que defendem a dignidade acima de tudo: tem que jogar pra valer e seja o que Deus quiser (tudo indica que Deus vai querer ver o Rio de Janeiro em festa, mesmo que o Grêmio dê tudo de si...).

Na lista das minhas preocupações cotidianas, o futebol nem entra. Ele está, no máximo, na lista das minhas diversões, e não chega a ocupar os 20 primeiros lugares. Ocupou, na minha adolescência. Hoje, é uma alegria pontual, que acontece apenas em finais de campeonato e em jogos de Copa do Mundo, quando o Inter e a Seleção Brasileira estão em campo. Sou colorada, é sabido. E brasileira.

Como colorada, obviamente que eu adoraria que o Grêmio goleasse o Flamengo dentro do Maracanã, e se vencer com jogadores pouco experientes, tanto melhor: seria a chance de despontarem novos ídolos. Mas essa sou eu, uma reles mulherzinha cujas paixões insanas estão reservadas para outros setores da vida, jamais para o futebol, e que nunca se importou de o Grêmio vencer campeonatos, desde que o Inter já estivesse fora do páreo. Desculpe a inocência.

Pelo que me foi dito por quem tem melhor memória do que eu, os colorados também já fizeram das suas para prejudicar o Grêmio. Se é verdade que o Inter algum dia jogou propositadamente mal, então também não honrou os próprios calções.

Rivalidade tem limite. Pode ser algo divertido e infantil, no que a infantilidade tem de melhor, que é o nosso resgate dos tempos do colégio, das gincanas, das turmas de rua. Natural que, mesmo crescidos, o espírito de disputa permaneça, que se diga “bem feito” quando o lado de lá perde, que se toquem flautas, que se soltem foguetes quando nosso adversário leva um gol. Coisa de piá.

O limite da rivalidade é extrapolado quando deixamos de ser gremistas ou colorados para virar um tipo de torcedor mais agressivo: aquele que é, antes de tudo, antigremista ou anticolorado, e que torce mesmo é pela humilhação do oponente em qualquer circunstância. É o lado perverso da infantilidade: são homens e mulheres que não conseguiram transpor os ritos de passagem, não suportam se sentir inferiores e confundem o futebol com uma espécie de religião. Aí deixam de pensar.

Se você fosse mãe ou pai de um jogador de futebol que entrasse em campo pressionado a perder, que conselho daria a seu filho?

a) “Faça o que seu patrão mandar. Emprego não anda fácil.”

b) “Se você é macho, jogue mal e ferre seu inimigo. Honra é pra boiola.”

c) “Quem tem escrúpulo, tem todos os dias. Não é desonesto no domingo e depois compensa sendo honesto na segunda-feira.”

Tomara que estejamos de acordo sobre escrúpulos, não só pro bem do futebol, mas pro bem do país, que está precisando.

Fonte: Jornal Zero Hora - dia 02 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O aproveitamento do lixo

Recentemente, o prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, gerou polêmica ao responsabilizar parte da população pela sujeira da cidade. Afirmou que o dinheiro extra despendido somente para cobrir os excessos cometidos pelos cidadãos serviria para ser usado em creches, iluminação pública, sinalização de trânsito, infraestrutura para as escolas, entre outros serviços públicos municipais.


O que se pode dizer é que essa realidade constatada naquele município não é muito diferente da observada em outras grandes cidades do Brasil. Como exemplo, podemos citar Porto Alegre, em que é comum se presenciar casos de pessoas descartando materiais, os mais diversos, nas ruas da Capital. A consequência disso, além dos problemas de higiene pública, é o agravamento do volume das águas nas ruas quando ocorrem precipitações mais intensas, gerando alagamentos e causando uma série de prejuízos a todos.

Por isso, o desafio é transformar o limão do lixo em limonada que gera emprego e renda. A formação de cooperativas de catadores e o mercado que se abre para empresas particulares pode ajudar a transformar esse estado de coisas. O Brasil produz atualmente 82 mil toneladas de resíduos sólidos de lixo por dia e apenas pequena parte desse montante recebe tratamento adequado. Quando se tiverem traçado políticas públicas eficientes e estruturado unidades de reciclagem por todo o país, o que por ora constitui uma preocupação, poderá vir a ser a solução de uma série de impasses hoje vivenciados na questão ambiental.


Na busca de alternativas, realizou-se, no Rio de Janeiro, o Fórum de Desenvolvimento do Rio. Na pauta, ações de destinação dos resíduos sólidos nos níveis estadual e municipal. Foram debatidas alternativas como a transformação do lixo em energia e em fertilizante. Tratou-se também o uso da tecnologia para o desenvolvimento de unidades de processamento de resíduos sólidos a fim de gerar energia elétrica ou térmica, com técnicas ainda não conhecidas no país.


Num mundo de coisas obsoletas e dispensáveis em pouco tempo, a exemplo de pilhas, celulares e computadores, a tendência é de que haja permanente descarte de materiais. O grande embate deve ser na forma de evitar que esse material prejudique o meio ambiente e possa ser reaproveitado com benefícios para a sociedade.


Fonte: Jornal Correio do Povo -Opinião, TERÇA-FEIRA, 1 DE DEZEMBRO DE 2009