terça-feira, 27 de outubro de 2009

O saneamento deficiente atrasa o país



O SANEAMENTO DEFICIENTE ATRASA O PAÍS

Fonte:Jornal Correio do Povo (Opinião - dia 21/10/2009)

Quanto mais se investe em saneamento, em prevenção, menos se gasta depois com recursos para tentar curar as doenças da população.
Essa ideia esteve presente durante a programação do 4º Seminário Internacional sobre Federalismo e Desenvolvimento, que se realizou nos dias 19 e 20 de outubro em Brasília.
A promoção esteve a cargo da Associação Brasileira de Municípios. Diversos países participaram entre eles Peru, Itália, Uruguai, Argentina, Venezuela e Cabo Verde.

Em sua intervenção, o presidente do Instituto Trata Brasil, Raul Pinto, afirmou que a agenda do setor de saneamento é vergonhosa no país. Ressaltou que, atualmente, cerca de 50% da população Brasileira encontra-se sem acesso à rede de esgoto.
Informou ainda que a situação é crítica em relação ao tratamento dos resíduos. Apenas um terço do esgoto produzido no país é tratado. Os outros dois terços são jogados in natura nos rios e nas praias, agravando a situação do meio ambiente.

Na semana que passou, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) lançaram um estudo responsabilizando diretamente a inexistência de uma rede coletora de esgotos para fins de tratamento como uma das causas da diarréia no mundo.
Hoje, cerca de 1,2 bilhões de pessoas não têm um banheiro para seu uso pessoal. No Brasil, esse montante de pessoas desprovido desse item básico está em 60 milhões.

O país não pode pensar em ser uma grande potência quando falta o mínimo necessário para que os brasileiros possam viver de forma digna.
É inaceitável que a décima economia do mundo possa apresentar números tão indesejáveis no que tange ao bem-estar das suas populações, principalmente a urbana, que é a que mais sofre com o saneamento deficiente.

Pelas estimativas correntes, o país teria de destinar aproximadamente R$270 bilhões para resolver esse grave problema de higiene coletiva.
Contudo, o Plano de aceleração do Crescimento (PAC) tem uma rubrica de apenas R$ 10 bilhões por ano para cada setor. Com isso, o agravamento das condições de vida e saúde é inevitável.

A saúde do Brasileiro, historicamente, recebe tratamento paliativo. Investir em saneamento é tratá-lo antes de adoecer, com economia e benefício para todos.

SAIBA QUE ...


90 milhões de brasileiros NÃO têm coleta de esgoto em seus domicílios;

Hoje, 15 crianças de zero a 4 anos vão morrer no Brasil por falta de saneamento básico;

1 real investido em saneamento economiza 4 reais em tratamento médico;

65% das internações de crianças estão associadas à falta de saneamento básico;

A mortalidade infantil cai 21% quando se investe em saneamento básico;

Conte 96 minutos. Nesse tempo, vai morrer 1 criança no Brasil por falta de saneamento;

Doenças decorrentes da falta de saneamento matam mais que a Aids no Brasil;

No mundo, morre uma criança a cada 4 segundos por falta de saneamento.


domingo, 18 de outubro de 2009

Aquecimento global: os efeitos no Ártico



Aquecimento global: os efeitos no Ártico

Por Omar Segura, da EFE

Especialistas preveem um aumento na temperatura do Ártico de até 9ºC durante o século XXI e o Pólo Norte pode ficar totalmente sem gelo no verão em apenas duas décadas.
Um aquecimento de entre 3ºC e 5ºC já desencadearia mudanças bruscas nos ecossistemas da zona.

Estas são algumas das conclusões da equipe internacional que participou da primeira expedição no Ártico do chamado projeto Arctic Tipping Points (ATP, pontos de mudança no Ártico, em inglês), que constatou que uma massa de água quente proveniente do Atlântico invade grande parte do setor europeu do Oceano Glacial Ártico.

O aquecimento das águas árticas está provocando o derretimento rápido do gelo, assim como o deslocamento das espécies próprias da região para o norte.

Um dos objetivos principais da expedição, da qual participou o Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol), foi determinar a partir de que nível de aquecimento podem ocorrer mudanças bruscas no Ártico, uma área geográfica situada ao redor do Pólo Norte da Terra.

Ao retornar da expedição, os pesquisadores do CSIC calcularam que um nível de aquecimento de entre 3ºC e 5ºC, em comparação com as temperaturas de 1990, já produzem bruscas mudanças no Ártico.

A zona onde mais sobe o termômetro.

O Ártico é a região do planeta onde a temperatura está aumentando mais rápido, com uma taxa de aquecimento três vezes maior que a do resto do planeta. A previsão é de um aumento de até 9ºC durante o século XXI.

Segundo o pesquisador Carlos Duarte, chefe da equipe do CSIC no projeto, "os prognósticos que falavam de uma rápida fusão do gelo foram ultrapassados pelas observações".

Durante os anos de 2007 e 2008, houve uma perda brusca de gelo no Oceano Glacial Ártico, que resultou em uma diminuição de mais ou menos a metade da superfície congelada que restava normalmente no final do verão.

"A espetacular aceleração da perda de gelo no Ártico nos últimos anos sugere que a mudança climática entrou em uma nova fase nesta região, com possíveis consequências globais", segundo o especialista. "Os modelos atuais sugerem que o Oceano Glacial Ártico poderia ficar totalmente sem gelo no verão em duas décadas, ou talvez antes", acrescenta Duarte.

A expedição, realizada a bordo da embarcação norueguesa "Jan Mayen", foi a atividade inaugural do projeto ATP, financiado pela União Europeia (UE) e com a colaboração da Fundação BBVA.

O projeto, do qual participaram pesquisadores noruegueses, dinamarqueses, russos, poloneses, portugueses, franceses, britânicos, suecos e espanhóis, também pretende determinar o alcance da pressão humana nestas consequências, através da proliferação de atividades econômicas no Ártico, como o turismo, a pesca, a exploração petrolífera e o transporte marítimo.

Mudanças com impacto inesperado.

O coordenador do projeto ATP, Paul Wassman, da Universidade de Tromso (Noruega), adverte que "as mudanças que observamos terão efeitos sem precedentes no ecossistema Ártico. É urgente estabelecer onde e quando se alcançarão os valores que desencadearão mudanças abruptas".

Quando Wassman fala de mudanças bruscas, ele se refere à existência de pontos limiares de pressão a partir dos quais perturbações menores podem alterar de forma qualitativa o estado ou o desenvolvimento de um sistema.

O projeto ATP identificará os componentes do ecossistema ártico que provavelmente experimentarão mudanças bruscas como resultado do aquecimento do clima.

Os pesquisadores do CSIC já detectaram que a mortalidade dos organismos mais característicos do Ártico cresce rapidamente com o aumento da temperatura.
A equipe internacional detectou que o pequeno crustáceo Calanus glacialis, elemento central da cadeia alimentar do Ártico, teria desaparecido de áreas nas quais antes era abundante.

O pesquisador Miquel Alcaraz afirma que "o deslocamento para o norte das águas atlânticas quentes deslocou as espécies árticas".

A ausência do Calanus lacialis confirma os prognósticos dos pesquisadores e aponta para uma grande mudança na cadeia alimentar na região.

Durante a expedição, mais de mil litros de água do Oceano Glacial Ártico foram transportados para as instalações do Centro Universitário das Ilhas Svalbard, em Longyearbyen (Noruega), onde os pesquisadores do projeto ATP fizeram experimentos para estabelecer o ponto limite de aquecimento a partir do qual são detectadas mudanças bruscas em comunidades de plâncton.

A pesquisadora do CSIC Susana Agustí explica que "a biomassa e a produção fotossintética do plâncton colapsam com o aumento da temperatura, além de sua taxa de respiração, e, portanto, a produção biológica de dióxido de carbono (CO2) do plâncton ártico aumenta rapidamente com o aumento da temperatura".

O CO2 é um dos principais gases responsáveis pelo agravamento do aquecimento da atmosfera e do planeta.

"As regiões polares do planeta não são mais a última fronteira, mas são as trincheiras da luta contra a mudança climática", conclui Duarte.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A cidadania ameaçada pelo analfabetismo

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no ritmo atual, o Brasil deverá levar ainda mais duas décadas para erradicar o analfabetismo. A análise é do Ipea e está baseada em dados coletados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad) 2008, com pesquisa efetuada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O pior de tudo é que a eventual diminuição gradativa desse mal, proporcionalmente, não estará ligada à eficiência de políticas públicas, mas simplesmente ao crescimento da população alfabetizada e à morte de boa parte dos anafalbetos, que terminarão suas vidas sem conseguir aprender ler e a escrever.

Alguns dos obstáculos estão no fato de que esse contigente populacional perdeu o melhor período de suas vidas para se alfabetizar e, depois de inserido no mercado de trabalho, com baixos salários, tem redobradas dificuldades para despender o tempo necessário para sanar essa deficiência. Os dados indicam que a taxa de analfabetismo no Brasil atinge cerca de 10% de uma população em torno de 190 milhões de pessoas.

A gravidade do problema que enfrenta o segmento que não sabe ler no país fica evidente na comparação com outras nações. Em relação a outros países latino- americanos, temos números piores que vizinhos como o Chile, a Argentina e o Equador.Outros índices dão conta de que a taxa de analfabetismo é maior na parcela um quinto mais pobre da população (19%), no Nordeste (19,4%), na área rural (23,5%), entre negros e pardos (13,6%) e na faixa etária que ultrapassa os 40 anos(16,9%).

As dificuldades de alfabetização também fazem parte do cotidiano escolar.O levantamento revela que apenas 55 em cem alunos que concluem o ensino fundamental estão na idade adequada, chegando ao 9º ano, com 14 anos de idade.Também na educação infantil, os percentuais são baixos no que dizem respeito à inclusão e á freqüencia dos alunos, criando problemas em cascata para a vida escolar posterior.

O analfabetismo é uma chaga que tem de ser debelada.Ela ameaça o progresso do país e o bem - estar da população, repercutindo na esfera pessoal e coletiva. As autoridades educacionais precisam elaborar programas efetivos para que essa limitação que atinge milhões de pessoas possa ser vencida definitivamente.

FONTE:OPINIÃO JORNAL CORREIO DO POVO (12/10/2009)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Concurso premia as melhores fotos de natureza

Na categoria Comportamento de Mamíferos, a foto "Pesca na Água" mostra um urso pescando em plena ação. Os vencedores do concurso serão anunciados no próximo dia 21/10. A exposição fica em cartaz no Museu de História Natural de Londres até abril.

Fonte: UOL Bichos.

Concurso premia as melhores fotos de natureza


Finalistas amadores e profissionais de um concurso de fotografias retratando a vida selvagem terão suas obras expostas no Museu de História Natural de Londres. A exposição do prêmio Veolia 2009 será inaugurada no Museu de História Natural no dia 23/10; foto: "Conversa de Bolhas".
Fonte: UOL Bichos.

Concurso premia as melhores fotos de natureza

O concurso é dividido em 17 categorias, incluindo juvenis. A foto "Morte Íntima", finalista na faixa etária de 11 a 14 anos, foi tirada no momento exato em que a cobra dava o bote em uma lagartixa.
Fonte: UOL Bichos.

Concurso premia as melhores fotos de natureza

"Bebê de Borneo" é finalista na categoria Retratos de Animais. Para o fotógrafo, a imagem mostra uma incrível semelhança entre o filhote de orangotango - com menos de dois meses de idade - e bebês humanos. Foi tirada em um parque nacional na Indonésia.

Fonte:UOL Bichos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

É CRIADA A SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Vereador Juarez usa a tribuna para defender a criação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o que já fez no ano de 2005

Reunião com o Prefeito e Secretário Municipal do Meio Ambiente de Canguçu

Da esquerda para a direita: Vereador Beto Caetano, Vereador Juarez, Assessor Sérgio Ulguim e Vereador Carlos Isnaldo.

No dia 05 de outubro, os nove vereadores de Piratini e o Coordenador Municipal de Meio Ambiente Marcones Madruga Farias participaram na cidade de Canguçu de reunião com o Prefeito Cássio Mota e com o Secretário Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Urbanismo, Professor Basílio Barbosa. Participaram, também, os senhores Murilo Perret e Sérgio Ulguim, assessores da Câmara de Vereadores de Piratini, e o Vereador César Madrid do PP de Canguçu.

O objetivo da viagem foi o de conhecer a experiência do município vizinho no trato com as questões da municipalização das leis ambientais, já que se encontra na Câmara de Vereadores de Piratini o Projeto de Lei do Executivo, sob o nº 54/2009, que cria a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, órgão encarregado de fiscalizar, executar, definir e expandir a política do meio ambiente em caráter municipal que contará, inicialmente, com os cargos de Coordenador do Meio Ambiente e de Apoio às Ações de Educação Ambiental.
Muitos debates - por meio de audiências públicas - foram realizados no município de Piratini desde a data em que referida matéria foi registrada no Poder Legislativo Municipal, com o objetivo de esclarecer a população em geral sobre a importância de se concretizar o Plano Ambiental já aprovado neste ano pela Casa Parlamentar, assim como já estão em vigor as leis que criam o Fundo Municipal do Meio Ambiente e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.


Assim, com a criação da referida Secretaria, o que será regra em todos os municípios brasileiros, serão agilizados os licenciamentos em ações de impacto local, além da educação ambiental, fundamental para a preservação dos recursos naturais e para a busca de um desenvolvimento sustentável.

No dia 06 de outubro, em reunião legislativa realizada pela manhã, o projeto foi colocado em votação, tendo sido APROVADO POR MAIORIA, com os votos contrários da bancada do PMDB constituída pelos Vereadores Mauro Euclides Lima de Castro, Cláudio Antunes Dias e Adão de Jesus Silveira.


O interessante é que, já no ano de 2005, este Vereador protocolou proposição ao então Prefeito Francisco de Assis Cardoso Luçardo, no qual requeri a criação de Secretaria de Qualidade Ambiental, tendo sido a mesma aprovada por grande maioria, inclusive com os votos dos vereadores Cláudio Antunes Dias e Adão Silveira, com exceção dos vereadores Mauro Castro e (hoje ex-vereador) João Garcia.

Na oportunidade, fiz apenas uma defesa oral e escrita e obtive a aprovação. No entanto, neste ano, após tantos debates qualificados - pois contaram com as participações de autoridades ambientais estaduais e de técnicos sobre o assunto -, os mesmos parlamentares que haviam votado a favor sobre a mesma matéria no ano de 2005, agora, em 2009, votaram contra.

Postado por Juarez Machado de Farias

Terça-feira, Outubro 06, 2009