domingo, 18 de abril de 2010

Nas asas das araras-azuis


 Uma de nossas aves mais ameaçadas recebe há 20 anos cuidados especiais de um programa conduzido no Pantanal sul-matogrossense.




  No Pantanal sul-mato-grossense, o Projeto Arara  Azul é uma iniciativa exemplar. Ele é a prova cabal do que pode fazer, em termos de realização ambiental, a iniciativa privada e a empresarial quando se unem à dedicação e à competência de uma séria pesquisa científica

  Cheguei há pouco do Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde vivi, em companhia de um grupo de colegas jornalistas, uma bela experiência:
acompanhar o trabalho de preservação e pesquisa das ararasazuis, espécie até há pouco seriamente ameaçada de extinção, desempenhado pelos biólogos especialistas do Instituto Arara Azul.

A chefe do projeto é a bióloga mato-grossense Neiva Guedes. Cientista e ser humano excepcional, Neiva tem aquela energia vital à flor da pele, típica das pessoas que realmente amam o que fazem: a força da paixão. Graças a essa força, mais muito estudo, dedicação e trabalho braçal – atributos que faz questão de repartir com toda a sua equipe –, ela conseguiu um feito prodigioso em apenas duas décadas de trabalho: triplicar o número de araras-azuis na região do Pantanal.

O Projeto Arara Azul, que atua no estudo e na preservação dessas aves no Pantanal sul-matogrossense, celebrou 20 anos de atividades em 2009. Com efeito, foi em novembro de 1989 que Neiva Guedes, recém-formada, viu um bando de araras-azuis durante uma prática de campo. Foi amor à primeira vista. “Eram cerca de 30 ararasazuis pousadas num galho seco. Quando soube que a espécie estava ameaçada de extinção, e que estava desaparecendo rapidamente, decidi fazer algo para impedir isso”, conta Neiva. Essa decisão se tornou um marco em sua vida: a luta pela conservação da arara-azul em seu hábitat natural. Teve início assim uma missão à qual Neiva até hoje se dedica de corpo e alma.

Fonte:HOME: REVISTA PLANETA: Meio Ambiente

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