E se eu me empolgasse e virasse o jogo dizendo que não acredito numa vitória da Dilma?
Confira o artigo de Claudio Schamis
Se eu fosse estudante e tivesse prestando prova pro ENEM entraria em desespero total. Vai saber se o cara da banca é petista? E se eu me empolgasse e virasse a mesa dizendo que não acredito numa vitória da Dilma? Será que eu passava? Ou iam alegar que minha redação fugiu do tema proposto? Mas o que é isto? E a liberdade de expressão? Será que nem na redação posso exercer meu papel de cidadão e expressar o que estou sentindo? Poxa, eleitor tem coração! Eleitor sofre, chora. Eleitor vota.
Mas enfim, olha só então a saia justa que me encontro. Me mandaram essa pergunta: e agora, José?
Como o José da questão acima não é o Serra, a missão de analisar a coisa é toda minha. E tentar respondê-la. E para não cometer injustiças fui ao Google para ver se ele me respondia. E até o Google se calou!! Será que até ele? Não, não pode ser. Não o Google. Mas não desisti. Minha busca estava só começando. Liguei para o meu guru, mas ele estava indo tirar seu passaporte. Será que ele já sabe? Depois pensei até em ir às ruas entrevistar algumas pessoas, mas pintou um “mas” e desisti no ato. E aí a resposta talvez pudesse estar num e-mail recebido. Recebi um e-mail me convidando a ouvir o jingle da Dilma. Mas logo o dela? Quem foi que me enviou uma coisa dessas? Amigo não foi. Mas fui escutar. E quando me dei conta estava tamborilando os dedos na mesa e já arriscava alguns passos de dança. Foi nessa hora que vi a luz. Uma luz forte. Ofuscante. A resposta estava ali. Será? E então fui caçar o jingle do Serra. Funk é melhor.
Mas será que apenas uma música de 1 minuto e 25 segundos pode ter esse poder todo? A música é poderosa. Sonora. Forte. E faz até confundir quem é Dilma quem é Lula. Ao final você acaba chegando à conclusão de que Dilma e Lula são a mesma pessoa. Só que uma tem barba e a outra usa saia. Quem sabe até um caso típico de dupla personalidade, não sei. Isso até daria uma pauta para o Fantástico ou mesmo para o Super Pop.
Mas tem de haver algo mais. Não é possível que seja simples assim. Pois perder uma eleição por causa de uma música seria o fim da picada. Tudo bem que o Serra não me passa muita confiança, mas tem a Marina, tem o Plínio, tem o Eymael – o jingle dele é legal. Se a votação fosse pelos jingles, Eymael teria grandes chances. Mas eleição não é música para nossos ouvidos. Muito pelo contrário. É chato. Quem disser que gosta do programa eleitoral gratuito é surdo e não tem a função closed caption na TV.
A verdade é que dói e pode vir a doer mais ainda. Se a profecia da frase for pra valer pode estar também ligada à falta de memória do eleitor, que pensa muitas vezes que, se sobrar algum, seja de que forma for, nem vai se incomodar se eles estão roubando um pouquinho ou um muitinho. Mas experimenta tirar alguma coisa deles? Com certeza virarão bichos-do-mato. E o Lula, o Lulinha paz e amor sempre amado, idolatrado, salve salve se transformará em o monstro do lago Ness, aproveitando a fama internacional dele.
A pergunta então que não quer calar mas que irá calar boa parte do eleitorado pode ter sua explicação corroborada nos marqueteiros que estão por trás deles todos. Lula conseguiu ao longo desses oito anos se fazer popular apesar de todos os escândalos, roubos, gafes, arrogância (em certos casos) que o acompanharam. Lula é um mestre de cerimônias, ou melhor, um animador de auditório. Arriscaria até dizer que ele é uma espécie de mágico, bruxo talvez seja mais apropriado, que conseguiu colocar antolhos em seus eleitores que não conseguem enxergar um palmo ao seu redor. Eles só têm olhos para tudo aquilo que enxergam na frente. Ao redor só escuridão.
Não sei se há tempo ainda para que se faça uma campanha contra o uso de antolhos nessa eleição, ou se poderia se fazer uma vacinação em massa de Memorex, para todos os eleitores.
O fato é que as pesquisas, ah essas pesquisas das quais eu nunca participei, apontam Dilma como vencedora já no primeiro turno, e ela mesma já se apresenta em seus comícios como Presidenta eleita.
Verdade ou mito? Só as urnas poderão nos dizer. A única coisa é que os outros candidatos começam a se ver ameaçados e a usar armas baixas dizendo que aquele partido vai fazer isso e aquilo com o povo. Agora é o momento de mostrar realmente ao que se veio. E Dilma travestida de Lula já mostra que ela veio para continuar o legado, para se transformar numa nova Guia, sem barba, com saia e salto alto. E é disso que o povo gosta. Parece que eles estão simplesmente mostrando e falando o que os eleitores querem ouvir.
E aí pode estar a verdadeira resposta do porque Serra vai perder para a Dilma.
Então, diante desse quadro tão quase sem solução…
Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambientes fechados.
Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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