O EVENTO TEVE COMO MESTRE DE CERIMÔNIA
PAULO EDILSON DUTRA DA SILVA.
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL RUY RAMOS E DA ESCOLA MUNICIPAL AGROPECUÁRIA DE ENSINO FUNDAMENTAL ALAÔR TAROUCO QUE FIZERAM BELISSÍMAS APRESENTAÇÕES TEATRAIS EMOCIONANDO O PÚBLICO PRESENTE E DEIXANDO UMA MENSAGEM DE ALERTA QUANTO ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS PLANETÁRIAS ALÉM DE DESPERTAR A CONSCIÊNCIA PARA NOVAS E POSITIVAS AÇÕES ECOLÓGICO-AMBIENTAIS.
NA FOTO ABAIXO, ALUNOS E ALUNAS DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL RUY RAMOS ENCENAM UMA PEÇA TEATRAL RELACIONADA AO MEIO AMBIENTE E EMOCIONAM O PÚBLICO PRESENTE NA SOLENIDADE DE ABERTURA.
NO SEU DISCURSO, O EXCELENTÍSSIMO PREFEITO MUNICIPAL DE PIRATINI VILSO AGNELO DA SILVA GOMES FALOU DA IMPORTÂNCIA DE CRIAR A SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DA MUNICIPALIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, PROCESSO ESSE QUE FACILITARÁ A RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO, VISTO QUE ACONTECERÁ A DESBUROCRATIZAÇÃO QUANTO AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE AÇÕES DE IMPACTO LOCAL.
O PREFEITO AINDA SALIENTOU QUE O MEIO AMBIENTE DEVE SER TRATADO COM TODO CUIDADO E RESPEITO, E OS GESTORES PÚBLICOS TEM GRANDE RESPONSABILIDADE SOBRE ESSAS QUESTÕES.
AINDA CITOU COMO EXEMPLO SUA MEMÓRIA DE QUANDO RESIDIA NA CIDADE DE TORRES E CONVIVIA COM JOSÉ LUTZENBERGER, O QUAL, JUNTAMENTE COM OUTROS AMBIENTALISTAS, NA ÉPOCA - POR DEFINIREM CLARAMENTE OS SEUS PENSAMENTOS A RESPEITO DO MEIO AMBIENTE - ERAM CHAMADOS DE LOUCOS. PORÉM, DEPOIS DE MUITOS ANOS, NOTA-SE QUE LOUCOS ÉRAMOS NOS QUE NÃO NOS PREUCUPÁVAMOS COM AS QUESTÕES AMBIETAIS DO PLANETA.
O PRESIDENTE GILSON PARABENIZOU A ORGANIZAÇÃO DO EVENTO E A ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE DE PIRATINI PROF.MARCONES FARIAS QUE TEM DEDICADO ATENÇÃO ESPECIAL A ESSE TEMA, SALIENTANDO QUE O MESMO PODE VER O LEGISLATIVO MUNICIPAL COMO PARCEIRO.
VEREADOR GILSON RÔMULO SILVEIRA GOMES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PIRATINI
PROF. MARCONES M. FARIAS - COORDENADOR DO DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PIRATINI DISCURSO DO PROFESSOR:
NOSSA SAUDAÇÃO ÀS AUTORIDADES QUE COMPOEM A MESA,
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO MUNICIPAL VILSO AGNELO DA SILVA GOMES;
EXCELENTÍSSIMO SENHOR VEREADOR GILSON RÔMULO SILVEIRA GOMES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PIRATINI;
ILUSTRÍSSIMA UNIVERSITÁRIA MARIANA LUCAS MOREIRA, COORDENADORA DO II ENBIO – ENCONTRO DA BIOLOGIA;
SAUDAMOS AS DEMAIS AUTORIDADES PRESENTES OU REPRESENTADAS JÁ NOMINADAS PELO PROTOCOLO DESSE EVENTO.
QUEREMOS, TAMBÉM, CUMPRIMENTAR TODAS AS PESSOAS QUE VIERAM PRESTIGIAR A SOLENIDADE DE ABERTURA DA 1ª SEMANA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DO NOSSO MUNICÍPIO.
A TODOS VOCÊS O NOSSO CARINHO E O NOSSO AGRADECIMENTO.
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O Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia é comemorado em 05 de junho.
A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia.
Por meio do Decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.
Piratini, hoje, dia 1º de junho de 2009, inicia a 1ª semana municipal do meio ambiente, um marco na história de nossa cidade pois certamente é o inicio de uma mudança de comportamentos, atitudes, conceitos, é o inicio de muitas semanas de meio ambiente, de mobilizações em defesa da “vida” e tenho certeza que daqui há anos - 10,20,30 anos - quem sabe quando tivermos na vigésima, trigésima semana municipal do meio ambiente lembraremos de que aquele 1º de junho de 2009 foi importante, fundamental para restabelecer a relação ser humano-natureza.
E a administração municipal, por meio do Excelentíssimo Prefeito Sr. Vilso Agnelo da Silva Gomes, preocupa-se com as questões ambientais em nosso município, obedecendo a resolução federal, pois está prestes a implantar o SIGA – Sistema Integrado de Gestão Ambiental - por meio da municipalização do meio ambiente, da adoção, também, de políticas fortes na área ambiental, com programas educativos-preventivos que provam que é possível e urgente conciliar desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.
Sabemos, Vereador Gilson, que ao longo desses anos todos - pessoas, instituições - enriqueceram com a derrubada de matas e florestas, com a poluição de rios, lagos e mares, pessoas que promoveram o desenvolvimento, no conceito delas, a qualquer preço, pois destruíram a natureza.
Ecologia-economia-preservação do meio ambiente e geração de emprego e renda andam juntos. Por isso, temos o dever de mobilizar a sociedade para uma mudança de conceitos, para deixarmos de ser exploradores da natureza, para sermos parceiros dela.
Não queremos de maneira alguma a flexibilização de normas que protegem a natureza, pois isso geraria a especulação financeira.
Queremos, sim, que as lavouras respeitem as florestas e que toda atividade industrial respeite as mais diversas formas de vida do nosso planeta.
Que o verdadeiro significado de desenvolvimento econômico esteja associado à proteção ambiental.
Mas o que não fazer – gosto muito de parábolas e quero citar uma.
A esposa de um fazendeiro detestava cobras.
Um dia, suplicou ao marido que desse um fim às peçonhentas.
O homem, não querendo contrariá-la, prontamente determinou o extermínio de todos existentes as naquele lugar.
A colheita seguinte não rendeu um décimo da anterior. Em sonho, desesperado, suplicou a Deus que o perdoasse.
Imaginava que aquela miséria de safra era castigo divino por ter dado fim aos animais.
Também em sonho, o Criador lhe respondia: “Não o castiguei, nem o perdoei. Apenas, deixei que a natureza seguisse seu curso”.
Ora, o curso natural é simples: cobras engolem sapos.
Sem elas, os sapos aumentam em número.
E sapos engolem insetos. Assim, quanto mais sapos, menos insetos.
Diversos insetos são polinizadores e sem eles há plantas que não se reproduzem.
Moral da história: menos cobra, menos safra!
Assim funciona o mundo natural.
O que tem a ver cobra com safra?
Tudo!
Em verdade, tudo tem a ver com tudo.
Entretanto, a humanidade não pensa dessa forma.
Primeiro, acredita que a natureza é infinita, com recursos inesgotáveis.
Segundo, imagina que existem espécies úteis e outras completamente inúteis.
Terceiro, conclui que dentre as espécies úteis os humanos são mais úteis que as outras.
O século XX foi saudado como a era em que a tecnologia e o progresso industrial seriam capazes de satisfazer as necessidades materiais, restabelecer a paz social, reduzir as desigualdades.
Nos últimos 50 anos, a produção mundial de grãos triplicou, a quantidade de terras irrigadas para a agricultura duplicou, o número de automóveis passou de 500 milhões, o mesmo acontecendo a televisores, geladeiras, chuveiros elétricos, lavadoras, secadoras, computadores, celulares, microondas, fax, videocassetes, CDs, parabólicas, isopor, descartáveis, transgênicos e outras invenções.
As riquezas produzidas, nesse período, quintuplicaram.
Mas também nos últimos 50 anos, o mundo perdeu 20% de suas terras férteis e 20% de suas florestas tropicais, com milhares de espécies ainda nem conhecidas.
O nível de gás carbônico aumentou 13%, foram destruídas 3% da camada de ozônio, toneladas de materiais radioativos foram despejadas na atmosfera e nos solos, os desertos aumentaram, rios e lagos morreram por causa da chuva ácida ou de esgotos domésticos e industriais.
Maravilha-nos esse progresso mas as gerações futuras talvez lamentem o quanto se destruiu para isso.
Enquanto, hoje, o ser humano tem mais bens, é mais pobre em recursos naturais.
A tecnologia nos dá a falsa impressão de que estamos no controle.
Por isso, é bonito ser moderno.
Feio é ser natural, defender causas ambientais, ecologicas.
Porém a tecnologia é ruim quando nos afasta da natureza.
Só mudaremos isto quando nos reaproximarmos do mundo natural.
Afinal, embora uns ainda não aceitem, o homem é natureza.
Hoje, no inicio da I Semana do Meio Ambiente, onde teremos palestra, oficinas, panfletagem, distribuição de mudas de árvores nativas, é a data melhor para começar aquilo que o resto das espécies vivas espera que façamos.
Afinal, o que não fazer já sabemos desde há muito.
Vamos começar!
O mundo será, com certeza, melhor.
VEREADOR JUAREZ MACHADO DE FARIAS LEU A MENSAGEM INTITULADA "CARTA DO ÍNDIO" CONFORME TRANSCRIÇÃO ABAIXO:
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já mais de cento e cinqüenta anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
A carta:
"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós. Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família. Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós. A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais. Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão. Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender. Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos. O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro. Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos. Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado. Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos. Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus. Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos. Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver."
*FOTOS DO EVENTO:CLEDER CASTRO
Parabéns Pelo Blog que contem otimo conteudo tematico e links sobre relacionados ao meio ambiente e a Primeira Capital.
ResponderExcluirCleder Castro.