terça-feira, 14 de julho de 2009

I SEMANA DO MEIO AMBIENTE- ABERTURA

A SOLENIDADE DE ABERTURA DA I SEMANA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE PIRATINI/2009 REALIZOU-SE NO DIA 01 DE JUNHO, ÀS 09h, NA SOCIEDADE RECREIO PIRATINIENSE (S.R.P) E CONTOU COM A PRESENÇA DE MAIS DE 300 (TREZENTAS) PESSOAS.





O EVENTO TEVE COMO MESTRE DE CERIMÔNIA
PAULO EDILSON DUTRA DA SILVA.

O MOMENTO CULTURAL DA SOLENIDADE DE ABERTURA FICOU A CARGO DAS SEGUINTES ESCOLAS:

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL RUY RAMOS E DA ESCOLA MUNICIPAL AGROPECUÁRIA DE ENSINO FUNDAMENTAL ALAÔR TAROUCO QUE FIZERAM BELISSÍMAS APRESENTAÇÕES TEATRAIS EMOCIONANDO O PÚBLICO PRESENTE E DEIXANDO UMA MENSAGEM DE ALERTA QUANTO ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS PLANETÁRIAS ALÉM DE DESPERTAR A CONSCIÊNCIA PARA NOVAS E POSITIVAS AÇÕES ECOLÓGICO-AMBIENTAIS.

NA FOTO ABAIXO, ALUNOS E ALUNAS DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL RUY RAMOS ENCENAM UMA PEÇA TEATRAL RELACIONADA AO MEIO AMBIENTE E EMOCIONAM O PÚBLICO PRESENTE NA SOLENIDADE DE ABERTURA.

ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL AGROPECUÁRIA DE ENSINO FUNDAMENTAL ALAÔR TAROUCO EM NOME DO PLANETA TERRA PEDIRAM SOCORRO AO SER HUMANO, DEIXANDO UMA MENSAGEM POR MEIO DE UMA ENCENAÇÃO TEATRAL, O PEDIDO PARA QUE CADA UM DE NÓS PRESERVE O MEIO AMBIENTE POIS TAL TEMA É UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA DE TODOS OS SERES VIVOS HABITANTES DO NOSSO PLANETA.

NO SEU DISCURSO, O EXCELENTÍSSIMO PREFEITO MUNICIPAL DE PIRATINI VILSO AGNELO DA SILVA GOMES FALOU DA IMPORTÂNCIA DE CRIAR A SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DA MUNICIPALIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, PROCESSO ESSE QUE FACILITARÁ A RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO, VISTO QUE ACONTECERÁ A DESBUROCRATIZAÇÃO QUANTO AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE AÇÕES DE IMPACTO LOCAL.

O PREFEITO AINDA SALIENTOU QUE O MEIO AMBIENTE DEVE SER TRATADO COM TODO CUIDADO E RESPEITO, E OS GESTORES PÚBLICOS TEM GRANDE RESPONSABILIDADE SOBRE ESSAS QUESTÕES.

AINDA CITOU COMO EXEMPLO SUA MEMÓRIA DE QUANDO RESIDIA NA CIDADE DE TORRES E CONVIVIA COM JOSÉ LUTZENBERGER, O QUAL, JUNTAMENTE COM OUTROS AMBIENTALISTAS, NA ÉPOCA - POR DEFINIREM CLARAMENTE OS SEUS PENSAMENTOS A RESPEITO DO MEIO AMBIENTE - ERAM CHAMADOS DE LOUCOS. PORÉM, DEPOIS DE MUITOS ANOS, NOTA-SE QUE LOUCOS ÉRAMOS NOS QUE NÃO NOS PREUCUPÁVAMOS COM AS QUESTÕES AMBIETAIS DO PLANETA.

PREFEITO DE PIRATINI SENHOR VILSO AGNELO DA SILVA GOMES

COM A PALAVRA, O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PIRATINI, SENHOR GILSON RÔMULO SILVEIRA GOMES, FALOU DA IMPORTÂNCIA DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL ESTAR PRESENTE NAS QUESTÕES AMBIENTAIS, E QUE A CÂMARA DE VEREADORES ESTÁ A DEBATER O TEMA "RESERVA LEGAL", ASSUNTO ESSE POLÊMICO, MAS QUE O LEGISLATIVO MUNICIPAL JUNTAMENTE COM A COMUNIDADE TEM QUE PARTICIPAR POIS MEIO AMBIENTE É QUALIDADE DE VIDA, DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICO E SUSTENTABILIDADE. ACRESCENTOU, AINDA, QUE SOMENTE COM O ENVOLVIMENTO DO SETOR PÚBLICO E DA COMUNIDADE SE ALCANÇARÁ O SUCESSO.

O PRESIDENTE GILSON PARABENIZOU A ORGANIZAÇÃO DO EVENTO E A ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE DE PIRATINI PROF.MARCONES FARIAS QUE TEM DEDICADO ATENÇÃO ESPECIAL A ESSE TEMA, SALIENTANDO QUE O MESMO PODE VER O LEGISLATIVO MUNICIPAL COMO PARCEIRO.

VEREADOR GILSON RÔMULO SILVEIRA GOMES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PIRATINI

PROF. MARCONES M. FARIAS - COORDENADOR DO DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PIRATINI DISCURSO DO PROFESSOR:


NOSSA SAUDAÇÃO ÀS AUTORIDADES QUE COMPOEM A MESA,


EXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO MUNICIPAL VILSO AGNELO DA SILVA GOMES;


EXCELENTÍSSIMO SENHOR VEREADOR GILSON RÔMULO SILVEIRA GOMES, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE PIRATINI;


ILUSTRÍSSIMA UNIVERSITÁRIA MARIANA LUCAS MOREIRA, COORDENADORA DO II ENBIO – ENCONTRO DA BIOLOGIA;


SAUDAMOS AS DEMAIS AUTORIDADES PRESENTES OU REPRESENTADAS JÁ NOMINADAS PELO PROTOCOLO DESSE EVENTO.

QUEREMOS, TAMBÉM, CUMPRIMENTAR TODAS AS PESSOAS QUE VIERAM PRESTIGIAR A SOLENIDADE DE ABERTURA DA 1ª SEMANA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DO NOSSO MUNICÍPIO.

A TODOS VOCÊS O NOSSO CARINHO E O NOSSO AGRADECIMENTO.

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O Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia é comemorado em 05 de junho.

A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia.

Por meio do Decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.

Piratini, hoje, dia 1º de junho de 2009, inicia a 1ª semana municipal do meio ambiente, um marco na história de nossa cidade pois certamente é o inicio de uma mudança de comportamentos, atitudes, conceitos, é o inicio de muitas semanas de meio ambiente, de mobilizações em defesa da “vida” e tenho certeza que daqui há anos - 10,20,30 anos - quem sabe quando tivermos na vigésima, trigésima semana municipal do meio ambiente lembraremos de que aquele 1º de junho de 2009 foi importante, fundamental para restabelecer a relação ser humano-natureza.

E a administração municipal, por meio do Excelentíssimo Prefeito Sr. Vilso Agnelo da Silva Gomes, preocupa-se com as questões ambientais em nosso município, obedecendo a resolução federal, pois está prestes a implantar o SIGA – Sistema Integrado de Gestão Ambiental - por meio da municipalização do meio ambiente, da adoção, também, de políticas fortes na área ambiental, com programas educativos-preventivos que provam que é possível e urgente conciliar desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.

Sabemos, Vereador Gilson, que ao longo desses anos todos - pessoas, instituições - enriqueceram com a derrubada de matas e florestas, com a poluição de rios, lagos e mares, pessoas que promoveram o desenvolvimento, no conceito delas, a qualquer preço, pois destruíram a natureza.


Ecologia-economia-preservação do meio ambiente e geração de emprego e renda andam juntos. Por isso, temos o dever de mobilizar a sociedade para uma mudança de conceitos, para deixarmos de ser exploradores da natureza, para sermos parceiros dela.

Não queremos de maneira alguma a flexibilização de normas que protegem a natureza, pois isso geraria a especulação financeira.

Queremos, sim, que as lavouras respeitem as florestas e que toda atividade industrial respeite as mais diversas formas de vida do nosso planeta.

Que o verdadeiro significado de desenvolvimento econômico esteja associado à proteção ambiental.


Mas o que não fazer – gosto muito de parábolas e quero citar uma.


A esposa de um fazendeiro detestava cobras.

Um dia, suplicou ao marido que desse um fim às peçonhentas.

O homem, não querendo contrariá-la, prontamente determinou o extermínio de todos existentes as naquele lugar.


A colheita seguinte não rendeu um décimo da anterior. Em sonho, desesperado, suplicou a Deus que o perdoasse.

Imaginava que aquela miséria de safra era castigo divino por ter dado fim aos animais.

Também em sonho, o Criador lhe respondia: “Não o castiguei, nem o perdoei. Apenas, deixei que a natureza seguisse seu curso”.


Ora, o curso natural é simples: cobras engolem sapos.

Sem elas, os sapos aumentam em número.

E sapos engolem insetos. Assim, quanto mais sapos, menos insetos.

Diversos insetos são polinizadores e sem eles há plantas que não se reproduzem.


Moral da história: menos cobra, menos safra!

Assim funciona o mundo natural.


O que tem a ver cobra com safra?

Tudo!

Em verdade, tudo tem a ver com tudo.

Entretanto, a humanidade não pensa dessa forma.

Primeiro, acredita que a natureza é infinita, com recursos inesgotáveis.

Segundo, imagina que existem espécies úteis e outras completamente inúteis.

Terceiro, conclui que dentre as espécies úteis os humanos são mais úteis que as outras.


O século XX foi saudado como a era em que a tecnologia e o progresso industrial seriam capazes de satisfazer as necessidades materiais, restabelecer a paz social, reduzir as desigualdades.


Nos últimos 50 anos, a produção mundial de grãos triplicou, a quantidade de terras irrigadas para a agricultura duplicou, o número de automóveis passou de 500 milhões, o mesmo acontecendo a televisores, geladeiras, chuveiros elétricos, lavadoras, secadoras, computadores, celulares, microondas, fax, videocassetes, CDs, parabólicas, isopor, descartáveis, transgênicos e outras invenções.

As riquezas produzidas, nesse período, quintuplicaram.


Mas também nos últimos 50 anos, o mundo perdeu 20% de suas terras férteis e 20% de suas florestas tropicais, com milhares de espécies ainda nem conhecidas.

O nível de gás carbônico aumentou 13%, foram destruídas 3% da camada de ozônio, toneladas de materiais radioativos foram despejadas na atmosfera e nos solos, os desertos aumentaram, rios e lagos morreram por causa da chuva ácida ou de esgotos domésticos e industriais.


Maravilha-nos esse progresso mas as gerações futuras talvez lamentem o quanto se destruiu para isso.

Enquanto, hoje, o ser humano tem mais bens, é mais pobre em recursos naturais.

A tecnologia nos dá a falsa impressão de que estamos no controle.

Por isso, é bonito ser moderno.

Feio é ser natural, defender causas ambientais, ecologicas.


Porém a tecnologia é ruim quando nos afasta da natureza.

Só mudaremos isto quando nos reaproximarmos do mundo natural.

Afinal, embora uns ainda não aceitem, o homem é natureza.


Hoje, no inicio da I Semana do Meio Ambiente, onde teremos palestra, oficinas, panfletagem, distribuição de mudas de árvores nativas, é a data melhor para começar aquilo que o resto das espécies vivas espera que façamos.

Afinal, o que não fazer já sabemos desde há muito.

Vamos começar!

O mundo será, com certeza, melhor.


VEREADOR JUAREZ MACHADO DE FARIAS LEU A MENSAGEM INTITULADA "CARTA DO ÍNDIO" CONFORME TRANSCRIÇÃO ABAIXO:

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já mais de cento e cinqüenta anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.

A carta:


"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós. Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família. Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós. A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais. Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão. Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender. Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos. O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro. Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos. Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado. Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos. Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus. Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos. Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver."

*FOTOS DO EVENTO:CLEDER CASTRO









Um comentário:

  1. Parabéns Pelo Blog que contem otimo conteudo tematico e links sobre relacionados ao meio ambiente e a Primeira Capital.
    Cleder Castro.

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